Entendendo as criptomoedas, parte 2: valores e tipos

Você já deve ter ouvido falar em Bitcoin e deve ter pensado que criptomoedas são Bitcoins. Na verdade, o Bitcoin é uma criptomoeda, mas nem toda criptomoeda é um Bitcoin, entende?

            Essa confusão é comum pois o BTC, sigla do Bitcoin no mercado financeiro, foi a primeira criptomoeda a existir, lá em 2008. Mas, depois dele, outros criptoativos, incluindo novos tipos de criptomoedas, surgiram no mercado.

            Para entender as criptomoedas: o que são e como funciona esse mercado, acesse o conteúdo que já está em nosso blog. Aqui, vamos falar dos principais tipos de ativos digitais existentes atualmente e também do valor de mercado de alguns deles.

As criptomoedas mais valiosas

O mercado dos ativos digitais opera com o Bitcoin e demais criptomoedas, chamadas de altcoins. Altcoin, ou seja, “alternative + coin”, serve para designar criptomoedas diferentes do Bitcoin, bem como outros criptoativos. Grande parte das altcoins foram criadas com propriedades similares às do Bitcoin, usando tecnologia blockchain, mas com diversas outras funcionalidades.

Para efeito de comparação, o BTC representa atualmente (dados de julho de 2022 do CoinMarketCap, maior referência no mundo em monitoramento de criptoativos) cerca de 42% do mercado de criptos, o que significa pouco mais de US$ 390 bilhões de market cap, ou seja, capitalização de mercado.

O Ethereum (sigla ETH) é a altcoin mais valiosa atualmente, representando cerca de 15% do mercado, o que quer dizer aproximadamente US$ 140 bilhões de market cap. Se o Bitcoin revolucionou o mercado ao provar que é possível transferir valores de forma segura sem um intermediário, o Ethereum mostrou que a Internet inteira poderia ser descentralizada, dando um pontapé no surgimento de uma nova economia digital.

Além de ser uma blockchain que permite a transferência de criptomoedas entre indivíduos (Ether é a criptomoeda nativa dessa rede), o Ethereum é também uma plataforma programável na qual desenvolvedores podem criar aplicativos descentralizados de diversos segmentos, como finanças, mídia e games. Isso é possível porque a rede funciona por meio de contratos inteligentes, programas de computador que executam regras pré-estabelecidas de forma automatizada.

Em resumo, esses dois ativos digitais, BTC e ETH, representam quase 60% do mercado cripto, que totaliza mais de US$ 912 bilhões de capitalização de mercado.

Tipos de criptomoedas

            O céu é o limite para o universo de possibilidades do mercado cripto. Segundo dados de julho de 2022 do site CoinMarketCap, atualmente existem mais de 20 mil diferentes criptoativos. Pouco menos de 10 mil têm participação relevante no mercado, sendo que cerca de 90% do market cap está nas mãos de apenas 30 ativos digitais.

Para definir a relevância dos ativos digitais, o principal critério é a capitalização de mercado (market cap), ou seja, uma estimativa de valor de mercado de cada projeto, baseada na quantia de dinheiro alocado no ativo. O tipo de tecnologia e inovação usados, o objetivo do projeto e a qualidade do time de desenvolvedores também impactam na valorização dos ativos.

Os criptoativos são criados com os mais diversos propósitos, podendo se classificar como moedas digitais (criptomedas, como o BTC), stablecoins, tokens, memecoins, entre outros. Vamos conhecer alguns deles?

Stablecoins: Foram criadas para seguir a cotação de alguma moeda ou cesta de ativos. Elas podem ser lastreadas por moedas fiduciárias (dólares, euros), commodities (o ouro é o mais comum) ou títulos do tesouro. Ou seja, para emitir uma unidade de stablecoin lastreada em dólar, é necessário ter US$ 1 na conta bancária. As stablecoins mais representativas atualmente são o Tether e a USD Coin.

Tokens: São uma representação eletrônica de um ativo real para facilitar as negociações de bens. Seja um objeto físico, como empreendimentos e equipamentos, sejam produtos não tangíveis, a exemplo de direitos autorais e moedas digitais. Os tokens são uma importante maneira de criar transparência e registrar propriedade (na blockchain) por meio de contratos inteligentes, fazendo referência a qualquer ativo de qualquer valor. Payment Tokens, NFTs – Tokens não fungíveis, Tokens de segurança e Tokens utilitários são alguns tipos. 

Memecoins: Assim como os memes, que são brincadeiras que têm o objetivo único de viralizar na Internet, as memecoins não são baseadas em algum grande projeto, mas surgem como imitações ou sátiras de outras moedas digitais populares, promovendo uma grande e instantânea valorização. A Dodgecoin (DOGE) é a memecoin mais antiga e ocupa o 10º lugar no marketcap das criptos, com quase US$ 9 bilhões de capitalização.

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