Mercado em alta, profissionais em baixa: a falta de talentos na área de tecnologia

O relatório Worldwide Semiannual Services Tracker, da IDC, aponta que a receita mundial de serviços de TI e negócios deve crescer 5,7% este ano e 5,2% em 2023, mesmo em um cenário de recessão global, que prevê um aumento do PIB mundial de apenas 2,7% este ano e 2,4% em 2023.

O Brasil fechou 2021 com um investimento interno em tecnologias da informação de 45,5 milhões de dólares, o que colocou o país em 10° lugar no mercado mundial de TI neste indicador.

Na contramão desse crescimento, está a defasagem de profissionais de tecnologia disponíveis para atuação – que só aumenta. Para se ter uma ideia, o Brasil forma um profissional de tecnologia para cada 11 administradores ou advogados, enquanto os Estados Unidos formam um para cada cinco e a Índia um para cada três, de acordo com um levantamento da Consultoria Mckinsey. 

Esse déficit na formação de talentos em TI fica mais evidente em um estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), divulgado em 2021. Até 2025, o Brasil precisará de aproximadamente 800 mil profissionais de TI (cerca de 160 mil por ano). Contudo, pouco mais de 50 mil pessoas são qualificadas para trabalhar no setor anualmente. A conta não fecha, acumulando mais de 500 mil vagas em busca de um profissional de tecnologia até 2025.

Mulheres na tecnologia

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) mostram que apenas 20% das vagas de TI estão preenchidas por mulheres. Isso significa que, se continuarmos nesse ritmo, levaremos 116 anos para que a presença feminina alcance o mesmo número da masculina na área (de acordo com uma pesquisa do Instituto Allen).

Ter mais mulheres interessadas em atuar com tecnologia seria uma forma de reduzir esse gap de profissionais. Para isso, cada vez mais as organizações devem tomar algumas iniciativas, como fomentar programas de incentivo e formação, desenvolver e fortalecer a cultura inclusiva e acolhedora nas empresas e promover mais mulheres para cargos de liderança. 

A desigualdade salarial entre os gêneros é uma luta antiga e afeta também o setor de tecnologia. Em 2021 a Catho realizou um estudo que mostrou que mulheres ganham até 11% menos que homens em média, mas, dependendo da função, a diferença pode chegar a 33%. 

Onde os talentos estão

A era da tecnologia é uma realidade. A falta de profissionais de TI no Brasil pode causar um impacto econômico exponencial, uma vez que a transformação digital é parte vital da sobrevivência de muitas empresas no mercado e fundamental para a continuidade dos negócios na maioria. 

O déficit de profissionais já é muito alto e são necessárias diversas iniciativas para fomentar o aumento de pessoas preparadas para atuar no mercado. Se as empresas que necessitam de mão de obra mudarem ou adaptarem sua cultura, o cenário pode começar a mudar. 

Como? Contratando iniciantes e apoiando na jornada de desenvolvimento; investimento na capacitação dos profissionais que já estão na empresa, proporcionando oportunidades de crescimento para o time ou qualificação em áreas com dificuldade de contratação; implantando ou fortalecendo programas de diversidade e inclusão, focando em estratégias de captação, retenção e desenvolvimento para esses grupos. 

Claro que as alternativas não acabam por aí. Contudo, é preciso protagonismo para começar a gerar as mudanças que queremos. E aí, já adotou alguma dessas iniciativas em sua empresa?

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